quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O valor de um papel

Lembro de uma frase do filme O homem que copiava, que dizia algo como "dinheiro é apenas um papel que as pessoas acham que vale alguma coisa".

Bem, hoje tive que ir ao Banco resolver algumas coisas e, sentado esperando ser chamado, vi uma menininha de uns 4 anos cuidando de seu irmão de 1 ano, enquanto sua mãe estava num balcão. Estava apreciando a cena, assim como algumas pessoas em volta.
Por andar de um lado para o outro, a garotinha foi advertida por sua mãe com essas palavras exatas:
"Você é f*da hein, você é f*da! Sua filha da p*ta".
Não preciso dizer que o clima ficou ruim e todo mundo observava enquanto ela gritava com as crianças.

Puxando os dois pelo braço, deixou-os sentados no chão. Nisso, o bebê começou a chorar.
Com um pedaço de papel que tinha sobrando ali, fiz um Tsuru, levei até a menina e disse "quando seu irmão começar a chorar, mostra isso" e puxei o rabo fazendo as asas baterem.

Tutorial para fazer o Tsuru que bate as asas


A menina, pouco tempo depois, chegou a abrir o origami (sua mãe brigou com ela nesse instante, mas em 5min fiz outro para ela).
Enquanto ela brincava animada e tentava mostrar para o irmãozinho, o mesmo parou de chorar e a mãe pode tranquilamente terminar o que estava fazendo.

Isso me fez lembrar de um episódio do Bob Esponja, no qual com apenas um pedaço de papel ele consegue se divertir e fazer coisas incríveis. Tudo bem que é um desenho animado, mas agora entendi a mensagem.

Lições aprendidas:
1) Não seja rude com as crianças, elas só querem um pouco de atenção.

2) Tenha cuidado ao julgar uma criança, a natureza delas é diferente da nossa. Não foi por mal que ela desfez a dobradura, certamente foi por curiosidade (como já fiz tantas vezes).

3) Não perca a chance de fazer alguém sorrir. Aquele pode ser o único momento feliz da pessoa no dia.

4) Às vezes, as coisas mais simples são a melhor solução.





Abraço.

Um comentário:

  1. É o que muitas pessoas carecem: atenção! E foi o que você deu àquela criança quando ela precisou. No entanto não podemos esquecer que acima de tudo nos falta respeito... pela nossa família, pelas pessoas ao nosso redor, pela natureza, mas principalmente por nós mesmos! Se refletíssemos na importância dele em nossos atos, com certeza não haveria tanta antipatia entre as pessoas e o mundo não viveria no pé de guerra em que vive hoje.
    Muito interessante seu blog. Não deixe de escrever.

    Abs!
    Ju

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